"Bruno Bettelheim (Viena, 28 de Agosto de 1903 — 13 de Março de 1990) foi um psicólogo judeu norte-americano nascido na Áustria."
"Após a anexação da Áustria ao Terceiro Reich, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, ele foi deportado junto com outros judeus austríacos para o campo de concentração de Dachau e, mais tarde, para Buchenwald. Aí pôde observar os comportamentos humanos quando o indivíduo é sujeito a condições extremas, percepcionadas como radicalmente destrutivas (desumanização), que estiveram mais tarde na base das suas teorias sobre a origem do autismo.
Graças a uma amnistia em 1939, Bettelheim e centenas de outros prisioneiros foram libertados, o que lhe salvou a vida. Emigrou então rumo aos Estados Unidos, onde foi professor de psicologia em universidades americanas e dirigiu o Instituto Sonia-Shankman em Chicago para crianças psicóticas, destacando-se o seu trabalho com crianças autistas. Cometeu suicídio em 1990.
Bettelheim é reconhecido como um prestigiado psicólogo na área da psicologia infantil."
Algumas obras de Bettelheim:
1950 Love Is Not Enough: The Treatment of Emotionally Disturbed Children, Free Press, Glencoe, Ill.
1954 Symbolic Wounds; Puberty Rites and the Envious Male, Free Press, Glencoe, Ill.
1959 "Joey: A 'Mechanical Boy'", Scientific American, 200, março de 1959: 117-126.
1967 The Empty Fortress: Infantile autism and the birth of the self, The Free Press, New York
1969 The Children of the Dream, Macmillan, London & New York
1982 Freud and Man's Soul, Knopf, New York
1987 A Good Enough Parent: A book on Child-Rearing, Knopf, New York
1990 Freud's Vienna and Other Essays, Knopf, New York
Mas este foi também um homem controverso.
"Após seu suicídio, emergiu a evidência de lado mais escuro. Seus conselheiros na Universidade de Chicago consideravam-no uma grande figura na psicologia, mas após seu suicídio, três ex-pacientes questionaram seu trabalho e chamaram-no um cruel tirano. Em maio de 2005]], mais de 90 ex-conselheiros e ex-pacientes reuniram-se em Chicago, mais de 30 anos após seu retiro, para ressaltar a importância de Bettelheim em suas vidas. Contrariamente aos opositores de Bettelheim, quem são muito activos nos meios de comunicação, não convidaram a jornalistas à reunião."(2)
Sobre o tema do autismo:
"Bettelheim estava convencido de que o autismo não tinha nenhuma base orgânica, senão que era originado por mães frias e pais ausentes.
Toda minha vida, escreveu,
tenho trabalhado com meninos cujas vidas têm sido destruídas devido a que suas mães os odiaram. Outros analistas freudianos seguiram Bettelheim na sua teoria de que o autismo dos meninos é gerado na dinâmica intrafamiliar. Bettelheim escreveu um livro entitulado
A fortaleza vazia, onde falava a respeito do autismo."