"Espero por ti este Inverno", de Luanne Rice foi o último livro deste mês e que terminei hoje de ler.
Luanne Rice leva os leitores numa viagem emocional pelo território inexplorado da relação entre uma mãe e a sua filha e de três gerações de homens marcados pela guerra e pela perda através do seu incomparável dom para descrever as alegrias e os desafios do amor e da família. Um romance cativante que retorna ao passado para aí encontrar a chave para um novo futuro. Conta-nos que Neve Halloran e a filha, Mickey, partilham o amor pela beleza austera de Rhode Island. Agora, com Mickey já na adolescência e Neve a lutar em tribunal pelos seus direitos e da filha no processo de divórcio, uma nova vida começa a surgir no meio da paisagem ventosa que as sustém. Apaixonada pela reserva natural da zona e pelo desejo de conhecer um bufo-branco, Mickey descobre o seu primeiro amor e avança em direção à vida adulta na companhia de um rapaz solitário que partilha a sua paixão pelo surf, pelo mar e pelos animais, em especial as aves.
E Neve irá sentir-se atraída por um homem que dedicou a vida a essa reserva, mas que é incapaz de partilhar a dor de uma perda recente. Ela e Tim percebem que ainda é possivél voltar a amar apesar das grandes perdas que já sofreram e Joe consegue por fim resolver todos os problemas com os "fantasmas" da Guerra.
Um livro maravilhoso, de uma escrita sublime, catársica e atual, que aconselho vivamente e ao qual dou nota 5.
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sábado, 31 de março de 2012
sexta-feira, 30 de março de 2012
Leituras de Março...
"Português Suave" é um dos livros de Margarida Rebelo Pinto que mais gostei até agora, mas mesmo asim muito semelhante aos restantes no seu estilo e linguagem tão próprias a que já nos habituou. Escreveu-o depois do AVC que sofreu. Conta a história de três mulheres da mesma família de gerações diferentes e como lidam com os outros.
Temos de enfrentar os nossos fantasmas...pelo menos uma vez na vida.
Na década de quarenta, Mercês Perestrello é dada como louca e afastada dos seus filhos. Nos anos sessenta, as gémeas Maria Teresa e Maria Luísa seguem caminhos opostos em busca da (mesma) felicidade. Quarenta anos depois, as primas Leonor e Naná desvendam segredos nunca antes imaginados. São três gerações de mulheres a desafiar os brandos costumes, mas apenas uma a descobrir a verdade.
Num país em que a prudência aconselha a seguir a máxima uma coisa de que não se fala não existe, a vontade de subverter todas as regras irá mudar o destino de uma família.
Para mim, nota 4 para este romance!
Aqui ficam algumas pasagens deste livro:
"O meu pai está a enlouquecer. Brandamente, como se a vida o tivesse mergulhado em banho-maria."
"Passei anos a queixar-me até perceber que isso cansava as pessoas. Ninguém é obrigado a carregar as nossas penas."
"O meu pai é que tem razão quando diz que sou a rapariga inteligente mais estúpida que ele conhece."
"Andamos nisto há 3 anos, ele a fingir que está interessado em mim, mas não demasiado, e eu a tentar desistir dele. Já estivemos apaixonados, já namorámos, ele já acabou comigo duas ou três vezes, já recaímos outras tantas e agora não sei o que temos, se é um caso, uma historia mal resolvida, ou apenas um grande disparate, também não interessa. Não vale a pena procurar respostas para tanta confusão, o melhor é deixar correr."
"A engolir as gargalhadas dele que se projectam como um arco íris pela casa."
"A vida está cheia de tarefas inúteis. Apaixonarmo-nos pela pessoa errada é talvez a mais inútil de todas."
"Nunca percebi se é um grande filho da puta com cara de anjinho ou apenas um idiota que não sabe o que quer."
"Ele encaixa o corpo no meu e agarra-me, profundamente adormecido. Tento imaginar se também dorme assim com a outra quando estão juntos. É provável que sim, é um carente. Um carente e um fraco. Talvez durma agarrado a ela, mas tenho a certeza que não a agarra com tanta força. E quando faz amor com ela, não o faz da mesma forma. Está agarrado a mim pelos tomates, é sexualmente desvairado por mim. Pelos vistos, isso não chega para ficar comigo."
"Este gajo é um fraco, porque é que eu gosto tanto dele? Porque se calhar também sou fraca. Tão fraca e tão estúpida como ele. Ou talvez ainda mais, por saber tudo isto e mesmo assim não me conseguir afastar."
"Pensei que um ano sem o ver e mais de um ano sem dormir com ele eram suficientes para o esquecer."
"Um dia destes dou o salto e livro-me dele para sempre. Mas primeiro, tenho de o limpar do meu sangue, da minha pele, das minhas memórias, da minha vida."
"A primeira coisa que se esquece de um morto é a voz, e a última é o cheiro da pele. Desse, uma pessoa nunca se esquece."
Temos de enfrentar os nossos fantasmas...pelo menos uma vez na vida.
Na década de quarenta, Mercês Perestrello é dada como louca e afastada dos seus filhos. Nos anos sessenta, as gémeas Maria Teresa e Maria Luísa seguem caminhos opostos em busca da (mesma) felicidade. Quarenta anos depois, as primas Leonor e Naná desvendam segredos nunca antes imaginados. São três gerações de mulheres a desafiar os brandos costumes, mas apenas uma a descobrir a verdade.
Num país em que a prudência aconselha a seguir a máxima uma coisa de que não se fala não existe, a vontade de subverter todas as regras irá mudar o destino de uma família.
Para mim, nota 4 para este romance!
Aqui ficam algumas pasagens deste livro:
"O meu pai está a enlouquecer. Brandamente, como se a vida o tivesse mergulhado em banho-maria."
"Passei anos a queixar-me até perceber que isso cansava as pessoas. Ninguém é obrigado a carregar as nossas penas."
"O meu pai é que tem razão quando diz que sou a rapariga inteligente mais estúpida que ele conhece."
"Andamos nisto há 3 anos, ele a fingir que está interessado em mim, mas não demasiado, e eu a tentar desistir dele. Já estivemos apaixonados, já namorámos, ele já acabou comigo duas ou três vezes, já recaímos outras tantas e agora não sei o que temos, se é um caso, uma historia mal resolvida, ou apenas um grande disparate, também não interessa. Não vale a pena procurar respostas para tanta confusão, o melhor é deixar correr."
"A engolir as gargalhadas dele que se projectam como um arco íris pela casa."
"A vida está cheia de tarefas inúteis. Apaixonarmo-nos pela pessoa errada é talvez a mais inútil de todas."
"Nunca percebi se é um grande filho da puta com cara de anjinho ou apenas um idiota que não sabe o que quer."
"Ele encaixa o corpo no meu e agarra-me, profundamente adormecido. Tento imaginar se também dorme assim com a outra quando estão juntos. É provável que sim, é um carente. Um carente e um fraco. Talvez durma agarrado a ela, mas tenho a certeza que não a agarra com tanta força. E quando faz amor com ela, não o faz da mesma forma. Está agarrado a mim pelos tomates, é sexualmente desvairado por mim. Pelos vistos, isso não chega para ficar comigo."
"Este gajo é um fraco, porque é que eu gosto tanto dele? Porque se calhar também sou fraca. Tão fraca e tão estúpida como ele. Ou talvez ainda mais, por saber tudo isto e mesmo assim não me conseguir afastar."
"Pensei que um ano sem o ver e mais de um ano sem dormir com ele eram suficientes para o esquecer."
"Um dia destes dou o salto e livro-me dele para sempre. Mas primeiro, tenho de o limpar do meu sangue, da minha pele, das minhas memórias, da minha vida."
"A primeira coisa que se esquece de um morto é a voz, e a última é o cheiro da pele. Desse, uma pessoa nunca se esquece."
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Sobre...
Eduardo Palaio, nasceu em Sintra, em 1942. Em 1961 iniciou a sua atividade artística, pelo desenho de humor tendo publicado trabalhos, como colaborador, no Mundo Ri, sob a direção de José Vilhena.
Em 1966 expõe pela primeira vez trabalhos de desenho e pintura. Nos anos 1970/1980 retoma o cartoon, publicando regularmente num semanário. Participou nos Salões Nacionais de Caricatura e Desenho de Humor e como convidado em 3 exposições internacionais em Cuba (dedeté –1986/93/98) e no México (1994 e 1998).
Decorador de espaços públicos, é autor de nove murais no Concelho do Seixal. Apresentou nove exposições individuais de pintura de 1982 a 2000 e participou em inúmeras exposições coletivas.
Publicou o livro "Caixa Baixa", distinguido com o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, promovido pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém.terça-feira, 13 de março de 2012
Romances
Acabei de ler ontem "Fúria Divina" de José Rodrigues dos Santos. Não poderia dizer muito deste livro, sem contar a história ou sem desvendar os segredos que se escondem pelas suas páginas. Posso sim dizer que me agradou muito, o que não me surpreendeu pois já conhecia o tipo de escrita deste grande jornalista, que se revela agora um excelente escritor.
"Fúria Divina" é o título do sétimo romance do jornalista e escritor português José Rodrigues dos Santos, lançado em 2009 pela Gradiva.
O protagonista, professor Tomás Noronha, é o mesmo de "O Codex 632", "A Fórmula de Deus" e "O Sétimo Selo". "Fúria Divina" trata da possibilidade de um ataque nuclear por terroristas islâmicos. Tomás Noronha é mais uma vez chamado pela CIA para os ajudar na decodificação de uma mensagem interceptada por esta e que pode ser uma ordem da Al-Qaeda para um dos seus operacionais, para um ataque nuclear, possivelmente no Ocidente.
Um livro que nos guia pelos labirintos do Alcorão e do islamismo, que desvenda alguns dos segredos da Al-Quaeda e da jihad islâmica e que, no fundo, nos coloca também (a nós portugueses, que pensamos estar sossegados num calmo paraíso à beira mar) no centro das atenções destes grupos. Nota 5 para esta obra.
Hoje já fui à biblioteca buscar mais dois romances: "Português Suave", de Margarida Rebelo Pinto, e "Espero por ti este Inverno", de Luanne Rice. Para ocupar estes dias de tédio, em que estou em casa de baixa.
"Fúria Divina" é o título do sétimo romance do jornalista e escritor português José Rodrigues dos Santos, lançado em 2009 pela Gradiva.
O protagonista, professor Tomás Noronha, é o mesmo de "O Codex 632", "A Fórmula de Deus" e "O Sétimo Selo". "Fúria Divina" trata da possibilidade de um ataque nuclear por terroristas islâmicos. Tomás Noronha é mais uma vez chamado pela CIA para os ajudar na decodificação de uma mensagem interceptada por esta e que pode ser uma ordem da Al-Qaeda para um dos seus operacionais, para um ataque nuclear, possivelmente no Ocidente.
Um livro que nos guia pelos labirintos do Alcorão e do islamismo, que desvenda alguns dos segredos da Al-Quaeda e da jihad islâmica e que, no fundo, nos coloca também (a nós portugueses, que pensamos estar sossegados num calmo paraíso à beira mar) no centro das atenções destes grupos. Nota 5 para esta obra.
Hoje já fui à biblioteca buscar mais dois romances: "Português Suave", de Margarida Rebelo Pinto, e "Espero por ti este Inverno", de Luanne Rice. Para ocupar estes dias de tédio, em que estou em casa de baixa.
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domingo, 4 de março de 2012
"Fúria divina" e "Fogo"
"Uma mensagem secreta da Al-Quaeda faz soar as canpainhas de alarme de Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanista português Tomás de Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra."
Ainda vou a meio do romance de José Rodrigues dos Santos, mas estou a gostar bastante. Já me tinha agarrado à leitura de "O codex 632", mas este "Fúria Divina" tem outros componentes que me trazem uma dualidade de sentimentos. O primeiro deles é começar a perceber alguns dos contornos do islamismo e de como a intolerância e o extremismo podem ser perigosos. O outro é a lembrança de fatos contemporâneos como a queda das Torres Gémeas, que me faz pensar que não estamos seguros em lado nenhum e que a qualquer momento, um louco qualquer pode tirar-nos mais do que a vida, a liberdade e a segurança que ainda temos. Um livro que nos faz pensar no mundo como ele é.
Entretanto, terminei a leitura de "Fogo". Um livro que recomendo, mas que não me impressionou assim tanto como esperava. Nele o autor faz-nos uma descrição pormenorizada do combate a um incêndio florestal, que dura vários dias e que tem um desfecho quase dramático, envolvendo várias mortes e muita destruição. Se a história está muito real, também deixa muito em aberto no fim.
Ainda vou a meio do romance de José Rodrigues dos Santos, mas estou a gostar bastante. Já me tinha agarrado à leitura de "O codex 632", mas este "Fúria Divina" tem outros componentes que me trazem uma dualidade de sentimentos. O primeiro deles é começar a perceber alguns dos contornos do islamismo e de como a intolerância e o extremismo podem ser perigosos. O outro é a lembrança de fatos contemporâneos como a queda das Torres Gémeas, que me faz pensar que não estamos seguros em lado nenhum e que a qualquer momento, um louco qualquer pode tirar-nos mais do que a vida, a liberdade e a segurança que ainda temos. Um livro que nos faz pensar no mundo como ele é.
Entretanto, terminei a leitura de "Fogo". Um livro que recomendo, mas que não me impressionou assim tanto como esperava. Nele o autor faz-nos uma descrição pormenorizada do combate a um incêndio florestal, que dura vários dias e que tem um desfecho quase dramático, envolvendo várias mortes e muita destruição. Se a história está muito real, também deixa muito em aberto no fim.
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