Fui à biblioteca na semana passada e escolhi "Jerusalém" por nenhum motivo em especial. Porque me calhou passar a mão pelo livro e me chamou a atenção a lombada negra. Porque agarrei e vi que tinha recebido um prémio de José Saramago em 2005 e o Prémio Ler/Millenium BCP. Da coleção "O reino" da editora Caminho, "Jerusalém" é um dos "livros negros" de Gonçalo M. Tavares.
Em cada capítulo, Gonçalo Tavares vai-nos apresentando as personagens e pela ordem em que vai contando cada episódio se vai entrelaçando a teia e ficamos a perceber o que aconteceu naquela noite/madrugada e o porquê daqueles acontecimentos. "Ernst e Mylia", "Theodor", "Hanna, Theodor, Mylia".
Mylia tem esquizofrenia. Tem um filho. Theodor é marido de Mylia. É médico. Não é o pai do filho de Mylia. Mylia não está com o filho... já vos parece interessar a história? Os "loucos" que estão com Mylia no Hospital psiquiátrico, são muitos, com um curto papel, mas com a sua importância na trama.
Gostei da história, que é de leitura rápida, mas deveras interessante. Gonçalo tem uma forma de escrever umas vezes subtil, outras extremamente direta, como se ler nos pusesse na frente dos acontecimentos, naquele lugar que nos custa a perceber qual é - e que também não importa, é a descrição dos acontecimentos que tem relevância e não a sua posição geográfica - nem o tempo em que ocorreram.
Nota 4, na minha modesta opinião. E começo já com o próximo.
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sábado, 30 de março de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
Atividades para os mais novos
A 23 de abril comemora-se o Dia Mundial do Livro e, por isso, o Ecomuseu Municipal do Seixal convida os mais pequenos para participar, nos dias 17 e 19 de abril, no ateliê Uma história, um livro… um dia divertido!
O ateliê decorre no Núcleo da Mundet e no Moinho de Maré de Corroios e desafia as crianças dos jardins de infância, das escolas dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e outros grupos organizados a criar o seu próprio livro, partindo de duas histórias ilustradas concebidas pelo Serviço Educativo: O Ratinho de Cortiça e Um Perna-Longa no Moinho.
O Ratinho de Cortiça fala de um ratinho mágico e outras personagens que andam à solta na antiga fábrica Mundet, ajudando os participantes a descobrir a cortiça.
Na história de Um Perna-Longa no Moinho, D. Nuno Álvares Pereira, um perna-longa, um moleiro e a sua neta dão a conhecer o Moinho de Maré de Corroios.
As inscrições estão abertas através do telefone 210 976 112 (às segundas-feiras).
O ateliê decorre no Núcleo da Mundet e no Moinho de Maré de Corroios e desafia as crianças dos jardins de infância, das escolas dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e outros grupos organizados a criar o seu próprio livro, partindo de duas histórias ilustradas concebidas pelo Serviço Educativo: O Ratinho de Cortiça e Um Perna-Longa no Moinho.
O Ratinho de Cortiça fala de um ratinho mágico e outras personagens que andam à solta na antiga fábrica Mundet, ajudando os participantes a descobrir a cortiça.
Na história de Um Perna-Longa no Moinho, D. Nuno Álvares Pereira, um perna-longa, um moleiro e a sua neta dão a conhecer o Moinho de Maré de Corroios.
As inscrições estão abertas através do telefone 210 976 112 (às segundas-feiras).
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domingo, 3 de março de 2013
Sobre o autor: Pedro Almeida Vieira
Sobre Pedro Almeida Vieira fiquei a saber que é um escritor e jornalista português, nascido na cidade de Coimbra em 17 de Novembro de 1969 e que escreveu sobre a história de Portugal e sobre a Igreja Católica. Conheci-o através do último livro que li, onde na densidade de cada página fiquei a conhecer mais um pouco sobre o período que antecedeu o terramoto de 1755 e que destruiu Lisboa.
Depois, a pesquisa levou-me a encontrar mais algumas coisas interessantes sobre este escritor.
Pedro viveu a infância e a juventude no concelho de Anadia, tendo-se licenciado em Engenharia Biofísica na Universidade de Évora em 1993. Para além de ter desenvolvido actividade de investigação na área da biologia e ambiente, em 1995 tornou-se jornalista «free-lancer», colaborando nos jornais Expresso e Diário de Notícias, bem como nas revistas Forum Ambiente, Grande Reportagem e NS. Em 2003 foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de Ambiente «Fernando Pereira», pela Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, pela sua contribuição, como jornalista, para as causas ambientais. Ao longo da sua carreira jornalística, que suspendeu em 2010, recebeu três prémios de jornalismo, por trabalhos publicados no semário Expresso, na Grande Reportagem e revista Ozono, e uma menção honrosa por um artigo publicado na revista GR.
Embora tenha editado um pequeno ensaio em 1997 - «Eco-Grafia do País Real», baseado numa investigação publicada na revista Forum Ambiente - e sido co-autor do livro «Eco-Entrevistas» (um conjunto de entrevistas sobre ambiente a diversas personalidades portuguesas), pode considerar-se que a sua carreira literária se iniciou com «O Estrago da Nação», em 2003, que constitui um retrato socio-ambiental de Portugal. Atemática ambiental seria repetida em 2006, com a publicação do livro «Portugal: O Vermelho e o Negro», sobre a floresta portuguesa e os incêndios florestais.
A sua estreia na ficção surgiu com o romance «Nove Mil Passos» (2004), sobre a construção do Aqueduto das Águas Livres, seguindo-se «O Profeta do Castigo Divino» (2005) - que aborda a vida do jesuíta Gabriel Malagrida e a ascensão política do Marquês de Pombal, com enfoque no período anterior ao terramoto de Lisboa de 1755 -, «A Mão Esquerda de Deus» (2009) - obra finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa, que constitui uma reconstrução da heterodoxa vida de Alonso Perez de Saavedra, o suposto falso núncio que criou a Inquisição lusitana, durante o reinado de D. João III de Portugal - e «Corja Maldita» (2010) - um romance que incide sobre o processo de extinção da Companhia de Jesus na segunda metade do século XVIII.
Em Maio de 2011 publicou o primeiro volume de «Crime e Castigo no País dos Brandos Costumes», obra constituída por 30 narrativas sobre crimes em Portugal, geralmente sentenciados com pena de morte, entre os séculos XVI e XIX. O segundo volume será publicado no início de 2012.
Em Novembro do mesmo ano regressou à temática ambiental, publicando o ensaio «Resíduos: Uma Oportunidade», com o apoio da Sociedade Ponto Verde, que teve edição comercial, revista e ilustrada, em Junho de 2012.
Em 2012 foi também o responsável pela edição da obra «O Estudante de Coimbra», publicada em 1840 e 1841 por Guilherme Centazzi, o pioneiro do romance português, tendo realizado a fixação de textos e comentários à obra.
Actualmente, tem em preparação vários projectos literários, tendo já concluído o segundo volume de «Crime e Castigo no País dos Brandos Costumes», com data de edição agendada para Abril de 2013.
Consulta:
http://pedroalmeidavieira.com/?p/335/
http://pedroalmeidavieira.com/?p/785/
Depois, a pesquisa levou-me a encontrar mais algumas coisas interessantes sobre este escritor.
Pedro viveu a infância e a juventude no concelho de Anadia, tendo-se licenciado em Engenharia Biofísica na Universidade de Évora em 1993. Para além de ter desenvolvido actividade de investigação na área da biologia e ambiente, em 1995 tornou-se jornalista «free-lancer», colaborando nos jornais Expresso e Diário de Notícias, bem como nas revistas Forum Ambiente, Grande Reportagem e NS. Em 2003 foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de Ambiente «Fernando Pereira», pela Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, pela sua contribuição, como jornalista, para as causas ambientais. Ao longo da sua carreira jornalística, que suspendeu em 2010, recebeu três prémios de jornalismo, por trabalhos publicados no semário Expresso, na Grande Reportagem e revista Ozono, e uma menção honrosa por um artigo publicado na revista GR.
Embora tenha editado um pequeno ensaio em 1997 - «Eco-Grafia do País Real», baseado numa investigação publicada na revista Forum Ambiente - e sido co-autor do livro «Eco-Entrevistas» (um conjunto de entrevistas sobre ambiente a diversas personalidades portuguesas), pode considerar-se que a sua carreira literária se iniciou com «O Estrago da Nação», em 2003, que constitui um retrato socio-ambiental de Portugal. Atemática ambiental seria repetida em 2006, com a publicação do livro «Portugal: O Vermelho e o Negro», sobre a floresta portuguesa e os incêndios florestais.
A sua estreia na ficção surgiu com o romance «Nove Mil Passos» (2004), sobre a construção do Aqueduto das Águas Livres, seguindo-se «O Profeta do Castigo Divino» (2005) - que aborda a vida do jesuíta Gabriel Malagrida e a ascensão política do Marquês de Pombal, com enfoque no período anterior ao terramoto de Lisboa de 1755 -, «A Mão Esquerda de Deus» (2009) - obra finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa, que constitui uma reconstrução da heterodoxa vida de Alonso Perez de Saavedra, o suposto falso núncio que criou a Inquisição lusitana, durante o reinado de D. João III de Portugal - e «Corja Maldita» (2010) - um romance que incide sobre o processo de extinção da Companhia de Jesus na segunda metade do século XVIII.
Em Maio de 2011 publicou o primeiro volume de «Crime e Castigo no País dos Brandos Costumes», obra constituída por 30 narrativas sobre crimes em Portugal, geralmente sentenciados com pena de morte, entre os séculos XVI e XIX. O segundo volume será publicado no início de 2012.
Em Novembro do mesmo ano regressou à temática ambiental, publicando o ensaio «Resíduos: Uma Oportunidade», com o apoio da Sociedade Ponto Verde, que teve edição comercial, revista e ilustrada, em Junho de 2012.
Em 2012 foi também o responsável pela edição da obra «O Estudante de Coimbra», publicada em 1840 e 1841 por Guilherme Centazzi, o pioneiro do romance português, tendo realizado a fixação de textos e comentários à obra.
Actualmente, tem em preparação vários projectos literários, tendo já concluído o segundo volume de «Crime e Castigo no País dos Brandos Costumes», com data de edição agendada para Abril de 2013.
Consulta:
http://pedroalmeidavieira.com/?p/335/
http://pedroalmeidavieira.com/?p/785/
"O profeta do castigo divino"
Este livro fala-nos da história de Gabriel Malagrida e de Portugal nos anos que antecederam o terramoto de Lisboa de 1755. Falam-nos da Igreja Católica no século XVIII e da obscuridade em que se vivia. É um livro que trata da história de Portugal vista de uma outra perspetiva.
Gabriel Malagrida é um jesuíta, natural de Itália. Obsessivo por natureza, teima em evangelizar os que no "novo mundo descoberto viviam em supostas trevas". Depois de muito se instruir, embarca para o Brasil e para o Maranhão. Em Belém do Pará, encontra uma terra nada dada a atos religiosos. Lá encontra a sua vocação: evangelizar e colonizar os índios, - com atos nem sempre "memoráveis"-, para depois ao voltar a Portugal, Lisboa o receber como autor de vários milagres (uns façanhas e embustes, outros apenas coincidências, que num século de tão parca instrução eram atribuídas a atos divinos).
O padre Malagrida é de certa forma descrito por Pedro Almeida Vieira como um misto de iluminado, de escolhido de Deus, militante eclesiástico, visionário, profeta do mal, socialmente excêntrico face aos próprios companheiros jesuítas, missionário obstinado, tão fanaticamente crente na missão divina da sua vida que não hesita em usar estratagemas ardilosos (como o das bolas de cera no mar) para exaltação de uma maior santidade pessoal e divina. Acresce um lado milagreiro, que espanta o próprio Diabo.
Ver também:
http://olharoslivros.blogspot.pt/2009/02/o-profecta-do-castigo-divino-pedro.html
O livro foi para mim interessante pela sua contextualização histórica mas a história é um pouco maçuda e muito descritiva pelo que clasifico com nota 2. Foi difícil chegar ao fim, pela densidade da história e da narrativa, embora o tema fosse até interessante e o livro esteja muito bem escrito e com uma grande pesquisa histórica.
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