Fui à biblioteca na semana passada e escolhi "Jerusalém" por nenhum motivo em especial. Porque me calhou passar a mão pelo livro e me chamou a atenção a lombada negra. Porque agarrei e vi que tinha recebido um prémio de José Saramago em 2005 e o Prémio Ler/Millenium BCP. Da coleção "O reino" da editora Caminho, "Jerusalém" é um dos "livros negros" de Gonçalo M. Tavares.
Em cada capítulo, Gonçalo Tavares vai-nos apresentando as personagens e pela ordem em que vai contando cada episódio se vai entrelaçando a teia e ficamos a perceber o que aconteceu naquela noite/madrugada e o porquê daqueles acontecimentos. "Ernst e Mylia", "Theodor", "Hanna, Theodor, Mylia".
Mylia tem esquizofrenia. Tem um filho. Theodor é marido de Mylia. É médico. Não é o pai do filho de Mylia. Mylia não está com o filho... já vos parece interessar a história? Os "loucos" que estão com Mylia no Hospital psiquiátrico, são muitos, com um curto papel, mas com a sua importância na trama.
Gostei da história, que é de leitura rápida, mas deveras interessante. Gonçalo tem uma forma de escrever umas vezes subtil, outras extremamente direta, como se ler nos pusesse na frente dos acontecimentos, naquele lugar que nos custa a perceber qual é - e que também não importa, é a descrição dos acontecimentos que tem relevância e não a sua posição geográfica - nem o tempo em que ocorreram.
Nota 4, na minha modesta opinião. E começo já com o próximo.
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