Comecei e terminei a leitura de "Os filhos da mãe" de Rita Ferro, tão depressa que só hoje peguei bem no livro e lhe analisei a capa ao pormenos, percorrendo a imagem que o ilustra com lhos de quem vê naquela capa uma das várias cenas descritas nas páginas que envolve.
Gostei bastnte , já tendo lido, Rita Ferrro num outro registo, estranhei a escrita e o tema. Estranhei mas não deixei de gostar. Esta escritora inova a cada livro que edita e neste é de realçar a irreverência da autora, a sua extrema audácia. Parece que estampos a ler uma carta escrita a alguém chegado, num tom divertido, com os erros linguísticos do bom (típico) português, ou a ouvir apenas um dos lados de uma longa conversa solta sem tempo de acabar, numa tarde soalheira numa qualquer mesa de café. Se o puder considerar como romance, este é de fato um romance apaixonado que reflete a vida, desconcertante, de uma família enlaçada por laços ténues, frágeis e irreais, que (con-)vive num espaço exíguo.
Um romance que me demorou a avaliar, pois é daqueles que gostamos mas não sabemos bem porquê e não saberia como justificar a nota caso mo pedissem. Fica com nota 3.
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