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terça-feira, 6 de agosto de 2013

"Ontem não te vi em Babilónia"

Para continuar a ler este livro de António Lobo Antunes, tive de parar um pouco e repensar o que tinha lido até aqui. Depois resolvi procurar alguma sinopse (que no livro em si, não existe) ou comentário sobre a obra deste grande escritor, em particular deste livro em especial. Assim, já comecei a entender um pouco melhor esta história, ou histórias.

"Uma noite ninguém dorme, e durante a meia-noite a as cinco da manhã, as pessoas sonham acordadas no sono: contam e inventam as suas vidas e as suas histórias, ou as histórias em que transformam as suas vidas, ou as vidas que transformaram em histórias. Podem ser vidas cruéis, de medo, de uma cicatriz interior, de algo que talvez fosse o Estado português de outros tempos. Podem ser vidas de amores passados, de lápides varridas, de um desejo de uma vida inteira, de se poder ser feliz sem pensar. Nestas histórias, nestes silêncios destas falas, nos risos e nas traições, vamos identificando a noite de um país, a noite cheia de vozes de todos nós, e a noite silenciosa que é o isolamento de cada um. Como diz o autor - "porque aquilo que escrevo pode ler-se no escuro"

(http://books.google.pt/books/about/Ontem_N%C3%A3o_Te_Vi_Em_Babil%C3%B3nia.html?id=bBwX9RBnDsYC&redir_esc=y)


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

"A prisão do silêncio"

É maravilhosa a forma como consegue descrever temas tão fortes e ao mesmo tempo prender-nos a um livro que nos descreve histórias reais! Apenas mudam os nomes dos personagens por questões deontológicas.
Nos livros anteriores, ela era professora de alunos com deficiências quer mentais que físicas. Tinha uma turma com quem interagia diariamente, tentando criar laços que seriam fundamentais no decurso da evolução da criança. Neste livro, ela está numa clínica e é em contexto de consulta que cria a relação com as crianças. Desta vez, é com um jovem adolescente que Torey tem de trabalhar. Kevin é um jovem de 15 anos, que se "enjaula" a si mesmo entre as pernas da mesa e das cadeiras, escondendo-se assim dos seus próprios medos.
Ao contrário dos vários profissionais pelos quais as crianças passavam, Torey desenvolvia uma relação de amizade com elas e o mesmo tenta fazer com este jovem, trabalhando em cada consulta para que ele confie suficientemente nela.
Ao longo dos anos institucionalizado, o seu passado foi-se perdendo nos processos burocráticos e essa ausência de informação enfurece Torey, uma vez que vai dificultar o seu próprio trabalho.
Ao inicio, as suas sessões com Torey são frustrantes, até que ela começa a adoptar métodos quase ridículos para médicos especializados. Ela lia-lhe livros, cantava canções com ele, anedotas… Coisas normais… Que o fizeram falar com ela, mas para sua frustração, apenas com ela. Fora da sala de onde se realizam as sessões, ele volta a ser o mesmo miúdo, fechado em si mesmo.
Depois de algumas sessões, Kevin, começa a demonstrar várias facetas, algumas delas bastante violentas chegando mesmo a agredir Torey, e outras mais artísticas. Interessa-se por desenhar: e é para o papel que transmite as suas emoções mais profundas, o ódio pelo padrasto, desenhando com uma minuciosidade incrível. Mas, a parte assustadora, é que os seus desenhos mostram actos violentos demasiadamente detalhados. Qual o segredo que Kevin esconde?
Aos poucos, o jovem começa a falar de certas atitudes violentas por parte do padrasto. Fala-lhe da sua irmã mais nova, das suas aventuras com ela (cuja existência Torey chega a duvidar), e da sua morte, provocada pelo padrasto.
Paralelamente ao seu trabalho na clínica, Torey inscreve-se num programa de “Irmãs mais velhas”, ou seja, ser a irmã mais velha em “faz de conta” de crianças que precisam de ajuda, para a sua integração e na criação de valores. Torey fica então "irmã mais velha" de uma miúda de nariz empinado, que mente e inventa histórias para se tentar integrar e valorizar-se a si mesma: uma forma criativa de defesa criada pela menina.
A miúda começa a estar constantemente na sua casa, começa a fazer parte da sua vida. E ela, como “coração mole” que é, não consegue dizer que não. Vai ser interessante ver a evolução da sua relação com esta menina.

O que marca mais:

"Nenhum Deus faria um mundo onde houvesse tantas pessoas que não têm um único ser que as ame. Se o mundo tivesse sido feito segundo um plano, haveria pessoas suficientes para toda a gente ser amada."
"Mal do coração. É como um cancro invisivel. Está no nosso coração. Pode-se senti-lo. Come-nos por dentro. É o que se tem quando não se faz seja o que for para além de nascer. O coração nunca é utilizado. E por isso apanha-se o mal do coração e o coração degrada-se. Muitas vezes, antes de o resto do corpo se degradar. Só que isso não tem importância porque, uma vez morto o coração, também estamos mortos."
Um livro forte, com cenas simplesmente horriveis de violência.


Esta é a sinopse deste livro:
Quando a técnica de educação especial Torey Hayden aceitou ocupar-se do jovem Kevin de 15 anos, encontrou um miúdo a quem o mundo exterior causava pânico e que vivia fechado num mutismo voluntário No entanto aquela era apenas a parte visível de um abismo de sofrimento.

Em todas as instituições por onde passara, consideravam-no um caso perdido e a própria Hayden sentiu-o como um vencido e compreendeu que só por milagre conseguiria ultrapassar os muros que ele construíra à sua volta. Mas Hayden tem um coração maior que o mundo e sentia-se incapaz de desistir dele. Pouco a pouco foi descobrindo uma história chocante de violência e abandono e um terrível segredo que um indiferente processo burocrático tinha simplesmente esquecido.

Mais um grande livro, que merece uma reflexão profunda: vou de certeza voltar a ler esta autora, pois ainda me faltam ler alguns titulos desta coleção. Nota 4.

"Filhos do Abandono"

Torey Haden foi novamente a minha escolha em Julho, uma vez que gostei bastante os primeiros livros dela que li. "Filhos do abandono" fala-nos novamente de casos vivenciados por esta docente, especialista na área da educação especial, principalmente em trabalhar com casos de mutismo seletivo.

Este também não foi um livro fácil de ler, não pela escrita em si, mas pelas emoções que vai despoletando em cada palavra. Torey é tão sincera nas suas palavras que senti mesmo a revolta pelos acontecimentos e pelas situações descritas.

Neste livro, Torey ocupa-se de Cassandra, uma menina que com apenas seis anos foi raptada pelo pai, só regressando a casa da mãe quase dois anos depois. Ninguém sabe o que se passou durante esse período e a criança pouco fala. O seu comportamento leva a que todos suponham que ela possa ter sofrido abusos graves, mesmo abusos sexuais.

Por outro lado, Drake, de quatro anos, é um rapazinho encantador e carismático, mas a sua mudez persiste para além de todos os esforços de Torey. A família acha que ela é a solução para o problema da criança e Torey vê-se pressionada pelo avô do menino. A mãe será a peça chave para resolver o problema desta criança, mas para que isso aconteça, Torey terá primeiro de fazer com que a mãe enfrente os seus próprios medos.

E, embora nunca tenha trabalhado com adultos, Torey vai ainda ocupar-se de uma idosa que, após um AVC, se refugiou num mutismo depressivo.

Da sua forma de escrever, Torey leva-nos ao fundo de cada tema, dos abusos ao autismo, da educação especial tocando ao de leve nos contornos judiciais que podem abranger cada caso. A sua experiência é em cada livro descrita de uma forma clara, que foge à mera descrição de um caso, levando-nos a embrenharmo-nos em cada situação como se de um romance se tratasse.
Nota 5.

Passatempo Dan Brown

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