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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Balanço 2012

Repetindo o que já fiz no ano que passou, aqui fica o meu balanço deste ano de leituras e de escrita: li mais do que tinha planeado isso é verdade e também escrevi mais. Do meu trabalho de escrita nasceu a minha primeira participação como autora, o que me fez ter mais vontade ainda em continuar. Tive muitos projetos paralelos que nada têm a ver com os livros ou a escrita em si, mas que me deram algumas ferramentas de trabalho, principalmente na organização de ideias.

Em 2012 li 39 livros, o que ultrapassou as minhas expetativas. Isso deveu-se particularmente a alguns dias  em que a unica coisa que podia fazer era mesmo ler, o que contribuiu para este número. Houve um livro que ficou por terminar, mas que não está esquecido - voltarei a ele logo que possa, u que me anime para tal.

Muitos dos livros que li encontrei-os na biblioteca do Seixal e este ano pretendo fazer o mesmo. A biblioteca é um espaço agradável, de uma construção singular e única e é dos poucos seviços que conheço onde as funcionárias são simpáticas e nos atendem calorosamente. Se me sinto bem recebida, volto.

Ainda em Dezembro...

Iniciando hoje um novo ano, um novo capítulo, um novo livro, sinto a necessidade de dar uma lufada de ar fresco a este blogue. Para já afastando as teias de aranha e resumindo o livros que por aqui passaram em 2012. E foram tantos e tão diferentes.
Do fim para o princípio, pois foi desse que ainda não falei, um livro excelente aqui para mim de Sofia Hayat: "Desonrada".
Contada na primeira pessoa, esta é a história de Sofia Hayat, uma menina diferente dos outros pelas suas origens culturais, pela pele mais escura e pelo seu nariz que a faz ser gozada por todos e alvo de bullying nas escolas que frequenta. Em casa, as regras culturais demasiado rígidas, os casos do pai com outras mulheres debaixo do nariz da mãe e uma tentativa de violação a que é sujeita pelo tio que a faz ser castigada por contar e manchar assim o nome e a honra da família, fazem-na começar a auto-mutilar-se afastando assim de si a dor emocional através da dor física intencional que a si mesma tenta provocar. Sofia acaba por despertar para a vida e começa realmente a tentar lutar pela sua felicidade, contra a vontade dos pais e da família e correndo risco de vida. "Desonrada" é uma história marcante, atual e comovente, que retrata ma sociedade em que é agora que as mulheres estão a tentar fazer-se ouvir, como seres de direitos. Sofia é uma dessas mulheres lutadoras, jovem, aclamada por uns e odiada por outros, que passa de uma infância complicada a uma vida de estrela.


Um dos aspetos que me cativou nesta história foi a presença de dois mundos em colisão num mesmo cenário. Enquanto Sofia cresce em Inglaterra, num país livre, a sua cultura tenta obrigá-la a casar muito nova numa união arranjada pelos pais de ambos os futuros noivos, num país totalmente desconhecido para ela, há um outro mundo em contraste, onde se encontram os meios e oportunidades que Sofia podia apreciar nos seus colegas de escola. Este contraste torna-se progressivamente mais evidente para culminar num ponto de ruptura com o passado no momento em que a própria mãe de Sofia contrata um assassino.
Um autobiografia que nos prende ás suas páginas, pelo menos quase até à ascenção na carreira e na vida de Sofia. Nota 4.
Agora falta atualizar a listagem de livros lidos em 2012, para já já começar a próxima lista.