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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

"Só ao bispo me confesso"

O romance de Margarida Pedrosa que retrata os amores, paixões e a miséria da corte portuguesa (e espanhola) dos reinados de D. João II e de D. Manuel vivenciados por Inês de Toledo.
Terminei agora esta leitura que tem andado adormecida por entre outras. Mastigada até. Já tinha lido este romance em Abril de 2008.

Uma história passada entre Espanha e Portugal de outros tempos, numa época em que se caçavam bruxas e em que a medicina dava os seus primeiros passos, uma mulher lutou no meio de um mundo de homens, para salvar a sua própria vida, deixando para trás até o seu próprio orgulho. 

"Évora, nunca vi uma terra de gente tão cruel. Só conseguem guardar o que de mau acontece, o que de bom se faz rapidamente é esquecido e tudo é usado para nos incriminar. Para matar todos se juntam, para louvar não há quem se lembre..."

Uma história de amor, reprimida ao longo dos anos e que no momento imediatamente antes da sua execução em praça pública, lhe surge diante, como uma réstia ínfima de esperança.

"Eu sabia que os caminhos do mundo eram longos e as estradas da vida curtas, mas para quem ama vale a pena esperar. Nem que por escassos momentos eu o pudesse voltar a ver teria valido a pena… Por isso, nunca desisti e em muitos olhares procurei o de Miguel. Ele um dia haveria de aparecer…"

Um livro que aconselho aos amantes de boa literatura e de grandes romances.