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quinta-feira, 9 de julho de 2015

"O coração do Mar" (leituras 2014)

Não vos tinha ainda falado em "O coração do Mar" de Nora Roberts. Li-o em meados do verão passado (por isso é da lista de 2014, que ainda estou a atualizar).

Este é o último livro da triologia Roberts e comecei por ele não sei bem porquê. talvez o prefácio, a capa e o sussurrar da história me tenha feito logo apaixonar por ele. Prometi a mim mesma, agarrar os outros dois logo que pudesse. Ainda não o fiz.
Adorei a foma como Nora Roberts descreve cada pormenor da paisagem Irlandesa, onde a história de desenrola, sem nos deixar de modo algum maçados, mas antes com uma vontade enorme de ir até lá, de nos sentarmos na café de Ardmore onde Darcy trabalha, de sentir o aroma da maresia e o vento a bater-nos na cara. A excelência desta autora, leva-nos mesmo a sentir as emoções deste romance, a magia e o arrepio na espinha.

"Darcy Gallagher sempre acreditou na importância da fé, na força da tradição… e no poder do dinheiro. Sonha em encontrar um homem rico que a apresente a um mundo repleto de glamour e aventura, que acredita ser o seu destino."
"Trevor Magee, um homem de negócios com antepassados irlandeses, chega a Ardmore com a intenção de construir um teatro… e descobrir os segredos dos seus antepassados. Há muito que não acredita no amor, mas Darcy tenta-o como nenhuma mulher alguma vez fez. Ela é maravilhosa, inteligente, sabe o que quer… e ele está mais do que disposto a dar-lho."
"Mas quando a sua atração mútua se transforma em paixão, olham para os seus corações e descobrem que numa terra antiga como a Irlanda, o amor tem raízes na própria magia."

Magia essa da qual não vou falar aqui, convidando-vos a ler este romance e a surpreenderem-se com o seu final, lindíssimo. Uma verdadeira história de amor. Perfeita, maravilhosa.

Tempo para ler

Estamos em Julho e este não foi um bom ano para leituras. Falta de tempo, outras prioridades.
Ler é para mim um escape, uma companhia. Este ano, não tenho tido muitos momentos sozinha, sem ter nada para fazer e com tempo para me entregar à leitura. Mas li. 
Li alguns livros que me agradaram e dos quais vos vou agora falar. Passei por outros blogues e sites de leitura. Gosto de ter tempo para ler, de ter a cabeça ali, nas páginas do livro e a capacidade de me envolver na leitura sem me perder na história.

Este ano a minha lista ainda é muito curtinha, mas talvez o verão traga novos títulos, mais romances, novos autores. 
E planeio agora umas visitas à biblioteca (tenho estado mais pela Ludoteca e Bebeteca, onde o meu filho se perde no meio dos jogos e brincadeiras e onde eu me perco a olhar para ele, na sua beleza e inocência, na descoberta de um espaço bem agradável).


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

"Só ao bispo me confesso"

O romance de Margarida Pedrosa que retrata os amores, paixões e a miséria da corte portuguesa (e espanhola) dos reinados de D. João II e de D. Manuel vivenciados por Inês de Toledo.
Terminei agora esta leitura que tem andado adormecida por entre outras. Mastigada até. Já tinha lido este romance em Abril de 2008.

Uma história passada entre Espanha e Portugal de outros tempos, numa época em que se caçavam bruxas e em que a medicina dava os seus primeiros passos, uma mulher lutou no meio de um mundo de homens, para salvar a sua própria vida, deixando para trás até o seu próprio orgulho. 

"Évora, nunca vi uma terra de gente tão cruel. Só conseguem guardar o que de mau acontece, o que de bom se faz rapidamente é esquecido e tudo é usado para nos incriminar. Para matar todos se juntam, para louvar não há quem se lembre..."

Uma história de amor, reprimida ao longo dos anos e que no momento imediatamente antes da sua execução em praça pública, lhe surge diante, como uma réstia ínfima de esperança.

"Eu sabia que os caminhos do mundo eram longos e as estradas da vida curtas, mas para quem ama vale a pena esperar. Nem que por escassos momentos eu o pudesse voltar a ver teria valido a pena… Por isso, nunca desisti e em muitos olhares procurei o de Miguel. Ele um dia haveria de aparecer…"

Um livro que aconselho aos amantes de boa literatura e de grandes romances. 

sábado, 27 de setembro de 2014

A limpar a ferrugem deste espaço - parte 1

Às vezes chegamos a uma altura em que temos de fazer escolhas: ou fechamos de vez, ou limpamos a ferrugem e o pó que se vão acumulando, oleamos a corrente e pomos tudo a funcionar novamente. Este cantinho estava a ficar com teias de aranha!

Mas fechá-lo não foi uma opção em que pensasse muito tempo! Dediquei-lhe já tanto que agora não fazia muito sentido fechá-lo sem mais nem menos. Aqui falei muito sobre livros e reler alguns desses momentos, trouxe-me recordações que já estavam um pouco esquecidas.

Sobre mim, já não escrevia desde Fevereiro deste ano. Tanta coisa se passou (www.doiscontigo.blogspot.com) nestes meses! O tempo parece que me fugiu por entre os dedos! A vida correu muito apressada e agora ando numa fase em que tudo tem de ser reorganizado - a casa, as finanças, o trabalho, as ideias e, até, os livros. Nada de grave, apenas um Projeto que não resultou, mas como em tudo, o caminha não é simplesmente desistir. Desta feita, tenho de olhar em frente, guardando comigo todas as lições que tirei destes últimos meses.

Tenho andado cansada e, antes que chegue à exaustão, tomei algumas medidas. Uma delas foi reorganizar-me mentalmente, definir prioridades e objetivos e dar-me a mim mesma, o privilégio de ter tempo para mim. Se é possível? Não sei, pois ainda não consegui. Mas tudo indica que sim.

Nem que seja uns minutos por dia, para ler umas páginas de um bom livro.
Por hoje, entre uma e outra saída, no meu trabalho, vou atualizando os meus blogues e fazendo algumas visitas a outros que seguia. Depois, vou ver se tenho tempo de atualizar as minhas listas de livros e de leituras. Para já, estou aqui apenas a tirar a ferrugem deste velho cantinho onde antes tanto gostei de escrever.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Novo projeto

Bom dia.
Quando se inicia um novo projeto as leituras passam a ser outras. Levo atrás de mim folhas de legislação, artigos sobre educação infantil e revistas temáticas sobre educação de infância. Troquei os meus livros de cabeceira: saiu Júlio Verne e chegou Luísa Ducla Soares.
Leio pelo trabalho em que me envolvo, mas não sem prazer no que estou a fazer!
Um novo projeto que saiu este ano, quentinho como pão acabado de fazer, barrado de manteiga... e só de pensar nisso vai dando fome.
Continuo em busca de um sonho, porque ele não se conclui no iniciar de um novo ano, mas as perspetivas são boas. Agora são só cinco, mas mais virão depois. Crescer é algo que queremos fazer juntos, nós como família que nos envolvemos numa relação muito mais atribulada agora e quase sem tempo para passarmos em casa ou para falar de outras coisas que não sejam trabalho. A equipa educativa que começa pequenina, mas esperançosa, dinâmica, trabalhadora, empenhada e sonhadora. Os pais que nos apoiam e nos confiam o seu mais precioso tesouro.

E assim começou o "Festitraquinices".
No dia de Reis, a Seis de Janeiro de 2014.
Em Pinhal de Frades, Seixal.

Obrigado àqueles que nos apoiam e que acreditam em nós!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

"Sôbolos rios que vão"

Depois de ler "Ontem não te vi em Babilónia", terminar este segundo livro de António Lobo Antunes, foi um pouco mais complicado. Se no primeiro ainda mantive a esperança de me orientar neste tipo de escrita, tão diferente daquilo a que estou habituada, neste já não mantive qualquer ilusão.
Não é um livro nada fácil.

É precisa uma boa dose de paciência. Temos de encontrar um fio condutor na história o que neste caso não existe (perdoem-me mas eu não o encontrei) e deixarmo-nos levar pelo enredo. Não me foi possível fazê-lo. Se parasse simplesmente não conseguiria contar aquilo que tinha lido. Confesso que não terminei o livro e que saltei muitas páginas.

Poderei tentar ler este autor mais tarde, quando eu for mais madura, mas agora não consigo entender muito e não vale a pena.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ler e comentar

Boa noite.
Tenho este blogue para partilhar convosco as minhas leituras. Faço isto porque gosto muito de ler, de interpretar aquilo que leio. O que escolho para ler, tem de fazer sentido para mim.
Gosto de momentos calmos para ler, de sítios sossegados. A leitura é um refúgio e um prazer. Mas não leio só porque sim, ou porque tenho de ler. Às vezes paro um livro durante muito tempo e passo para outro. Ou volto atrás, ou salto páginas. Ler não é uma obrigação, e se fosse, não seria proveitoso. Gosto de livros novos, mas também adoro ir à biblioteca escolher um livro e ter tempo para desfolhar vários antes de escolher quais os que vou levar para casa.
Quando foi a última vez que fui à biblioteca? Talvez no início de agosto (o tempo passa tão depressa) e entretanto já comecei a ler mais três livros que ainda não tive tempo de aqui comentar. A vida corre apressada e não tenho tido tempo de me dedicar uns momentos a este meu cantinho...
Boa noite e boas leituras para vocês. ;)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"Sôbolos rios que vão"

Neste momento, ainda ando à roda de "Sôbolos Rios que vão", de António Lobo Antunes. Sim porque não desisto facilmente e, se o primeiro foi difícil, este também não se revelou nada fácil.

Neste livro, a história passa-se entre os últimos dias de Março e Abril de 2007. Após uma operação, o narrador ainda confuso pela anestesia e pelas dores, contando fragmentos das suas memórias e das suas fantasias. Fala-nos da sua família, da terra onde passou a sua infância e dos seus temores com a ideia de morte que toda a situação de doença lhe trouxe. O próprio titulo é uma incógnita.

Desta feita ainda, o livro faz-nos passear pela mente de um homem perturbado. Não sendo fácil desenredar o real do imaginário. Um livro que tem tanto de literário, de romance, como de ficcional. Um texto por vezes puramente criativo, como se o escritor pusesse no papel todas as palavras que lhe surgem na mente, mas se assim fosse, quão arrumada esta mente poderia ser?

Tal como referido na wikipedia, "António Lobo Antunes tornou-se um dos escritores portugueses mais lidos, vendidos e traduzidos em todo o mundo" o que vem valorizar o seu trabalho. No entanto, o escritor ganha uma faceta mais densa e obscura que não é compatível com as suas primeiras obras. "Pouco a pouco, a sua escrita concentrou-se numa temática concreta, adensou-se sem grande eficácia narrativa, ganhou em espessura e perdeu em novidade, compensando isto com recurso ao confronto e ao choque. De um modo impiedoso e obstinado, o autor trata a sua visão distorcida sobre o Portugal do século XX."

Pela curiosidade em saber o que os outros achavam da obra deste escritor, obtive esta descrição que traduz exatamente o que eu senti e as minhas dificuldades na interpretação do texto: a densidade.
"O leitor tem algum esforço de leitura porque, por exemplo, não é raro haver mudanças de narrador e assim o leitor tem tendência a «perder o fio à meada»." Da mesma forma, "ocorre muitas vezes numa descrição ou pensamento do que está a acontecer a um personagem aparecerem sobrepostos tanto o que está "realmente" a acontecer como uma realidade imaginária."

"Ontem não te vi em Babilónia"

Difícil.
É assim que classifico este livro. Não é fácil parar uma página e seguir a leitura depois, porque com a mistura de pensamentos que ali desfilam, quando paramos, perdemos o fio à meada. E tentar desenredar essa meada, então ainda é mais complicado. Percebemos algumas das memórias (o suicídio na árvore, a caravana dos ciganos, a tortura às mãos da PIDE...) os lugares onde algumas ações se passaram, mas é muito complicado ler e entender este livro´.
Ainda não atingi o patamar em que percebo tudo o que leio, ou talvez nem seja mesmo para perceber.
Na escala que fiz é complicado classificar este livro. Não é de todo um livro fraco, acho até que pode ser excelente do ponto de vista literário, mas a sua leitura não é agradável. Por isso nem sei onde o encaixar...
O autor é de renome, mas na verdade, pessoalmente, não me diz muito.
Por isso, a média ganha, nota 2.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

"Ontem não te vi em Babilónia"

Para continuar a ler este livro de António Lobo Antunes, tive de parar um pouco e repensar o que tinha lido até aqui. Depois resolvi procurar alguma sinopse (que no livro em si, não existe) ou comentário sobre a obra deste grande escritor, em particular deste livro em especial. Assim, já comecei a entender um pouco melhor esta história, ou histórias.

"Uma noite ninguém dorme, e durante a meia-noite a as cinco da manhã, as pessoas sonham acordadas no sono: contam e inventam as suas vidas e as suas histórias, ou as histórias em que transformam as suas vidas, ou as vidas que transformaram em histórias. Podem ser vidas cruéis, de medo, de uma cicatriz interior, de algo que talvez fosse o Estado português de outros tempos. Podem ser vidas de amores passados, de lápides varridas, de um desejo de uma vida inteira, de se poder ser feliz sem pensar. Nestas histórias, nestes silêncios destas falas, nos risos e nas traições, vamos identificando a noite de um país, a noite cheia de vozes de todos nós, e a noite silenciosa que é o isolamento de cada um. Como diz o autor - "porque aquilo que escrevo pode ler-se no escuro"

(http://books.google.pt/books/about/Ontem_N%C3%A3o_Te_Vi_Em_Babil%C3%B3nia.html?id=bBwX9RBnDsYC&redir_esc=y)